Exemplos de xenofobia ocorrem na
Europa, frequentemente contra estrangeiros imigrantes, o que é abominável. No
entanto, por causa do malfadado ENEM, exemplos de xenofobia regionais e a nível
nacional estão acontecendo no Brasil, originados por estudantes do ensino médio
de todo o país. A causa foi o vazamento de questões oficiais da prova em um tal
pré-teste realizado no colégio Christus, em Fortaleza. Alguns alunos receberam
as provas com questões que se repetiram no exame nacional. Estes, que
aparentemente não têm culpa de nada, estão sendo hostilizados pelos alunos das
demais escolas cearenses, alguns indo até mesmo com guarda-costas para as
aulas. E de todo o país, surgem protestos xenófobos contra os nordestinos
através das redes sociais. Termos como “nordestinos malditos” e outros
impublicáveis andaram manchando o Facebook, o Twitter e o Orkut, logo após a
constatação da irregularidade em fortaleza. Tudo fruto da incompetência do MEC
em administrar um exame nacional já pautado por erros há anos. O tal do ENEM já
soa como palavrão para a maioria dos alunos brasileiros, únicas vítimas deste
evento desmoralizado pela falta de planejamento inteligente. Aliás,
inteligência não se pode esperar também na solução do problema. Anular a prova
significará expor ao sofrimento os alunos do país inteiro novamente. Uma nova
prova apenas para os alunos do colégio Christus significaria expô-los a uma
situação vexatória de culpa, passiva, inclusive, de processo contra a união. É
esperar para ver a solução “inteligente” dos responsáveis pela educação do
país. Enquanto isso, cabe aos estudantes brasileiros dar um exemplo de
civilização e acabar com as atitudes de xenofobia contra aqueles que também são
apenas vítimas da incompetência do Ministério da Educação!
