terça-feira, 27 de maio de 2008

ASSASSINOS DO VOLANTE

O taxista Marcus Vinícius Pereira Henrique, 45 anos, passou toda a noite trabalhando, exercendo seu trabalho de utilidade pública; o economista Rodrigo Araújo godinho, 26 anos, passou toda a noite nas baladas da Lapa, enchendo a cara. Além do que estavam fazendo, existem muitas diferenças entre os dois. A começar pelo carro. Um táxi é um táxi, nada mais; a BMW do economista possuía air-bag; o taxista talvez estivesse imaginando o momento de chegar em casa, eram 5h30, tomaria o café com a família, as duas filhas; o economista estava com uma francesa, quam sabe iriam para um motel (perder tempo, bêbado não consegue transar); o taxista estava lúcido, responsável, guiava na mão certa; o economista estava tão bêbado que não conseguiu perceber que estava entrando na Av. Beira-Mar a mais de 100 km/h na contramão... No choque que ele provocou com o taxista, a principal diferença entre ambos é que o taxista está morto e ele vivo. E o que é pior, solto! A justiça brasileira é por demais condescendente com o criminoso do volante. Esse economista é um assassino, deveria ficar enquadrado, sem direito a fiança, aguardando julgamento na cadeia. Deveria haver o princípio do flagrante para crimes no trânsito. O delegado Fábio da Costa Ferreira ainda vai analisar o caso para verificar se houve realmente crime ou não. E o respeito pela vida de um chefe de família que se foi de uma maneira tão estúpida e irresponsável? A certeza da impunidade vai continuar causando mortes prematuras, como as de vários jovens nos finais de semana e vai continuar produzindo assassinos irresponsáveis, como esse economista! A justiça brasileira está tal qual descrita no hino nacional: "Deitada eternamente em berço esplêndido." Precisa acordar!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

É ESTA VIDA TUDO O QUE HÁ?


A vida é bela, maravilhosa, o bem mais precioso; mas, tão efêmera, frágil, que parece não ter significado. Vivemos a cada segundo diante da única certeza que temos, que é a morte. Desde que nascemos. Um acidente, um imprevisto, uma doença pode por fim a uma vida que mal começou, uma vida já com projetos, realizações, perspectivas... Tudo acaba, tudo é interrompido, estupidamente interrompido! O que resta é uma imensa e gigantesca dor. E saudade, que vai perdurar pelo resto de nossas vidas. Viver é um ato de sorte, mas nascer é um ato de muito mais sorte ainda, um agraciamento inominável! A biologia explica, genética, DNA... Mas, é fácil entender: se a tua mãe e o teu pai não tivessem dispensado aquele namorado ou namorada antes de se conhecerem, você jamais teria nascido. É, que sorte que nossos pais decidiram ficar juntos. Fico pensando na mulher que aborta simplesmente por abortar. Cortam a única chance daquela criaturinha de viver, uma chance que jamais será dada novamente, nunca. Temos de ser gratos pelo presente da vida, tão preciosa, mas como uma bruma levada pelo vento. Podemos perdê-la a qualquer momento, no próximo segundo. É por isso que, diante do realidade da morte, o homem se sente tão indefeso, tão pequeno, tão inseguro. Nessa hora de reflexão, vem à tona a célebre dúvida que varre os milênios de sua existência: É ESTA VIDA TUDO O QUE HÁ? As respostas são muitas: católicas, protestantes, espíritas, judaicas, muçulmanas, budistas, hinduístas, animistas, etc... Aqueles que acreditam ter achado a resposta sentem-se mais seguros e usufruem e respeitam melhor a dádiva da vida. Mas, a realidade é que a vida é o principal fator de nossa pequenez e insignificância diante da natureza e do imenso e majestoso universo. A resposta derradeira está lá, em algum lugar, mas podemos buscá-la aqui mesmo, na Terra. Basta levantar ao alto nossos olhos numa noite estrelada e perguntar: "Quem criou estas coisas?"