O combate à pirataria, no Brasil, praticamente não existe, a não ser em ações do “rapa” que causam balbúrdias e correrias nas ruas. Além do mais, é isso, de fato, o que o povo quer? Pois as pessoas ainda continuam adquirindo produtos piratas (principalmente CDs, DVDs e jogos) e não se envergonham disso. Vergonha maior é a elevada carga tributária que torna estes produtos caríssimos. Os games são uma prova disso. Jogos que custam US$ 50 a US$ 60 chegam as nossas lojas por cerca de R$ 150 a R$ 250. Jogos do Xbox 360 podem vir a custar R$ 1.600 (Elite). A causa? Os games, no Brasil, são considerados “supérfluos”, do mesmo modo como os cigarros e bebidas, e são taxados em salgados 75% na cobrança de impostos. No México, a taxa é de apenas 15%. Esta foi a razão, pela qual, a Nitendo trocou o Brasil pelo país da América do Norte quando recebeu do governo mexicano incentivos como redução de impostos. No Brasil, isso dificilmente aconteceria. O presidente Lula afirmou “sentir orgulho” da carga tributária brasileira. A mentalidade do governo é retrógrada no que se refere ao reconhecimento de que o povo (e não apenas os ricos) tem direito ao divertimento, a cultura e ao lazer. Em países inteligentes, os games exercem até mesmo funções terapêuticas, pois, como todo passatempo, cumprem a função de divertir e distrair. Felizmente, há pessoas que querem mudar isso. O administrador Moacyr Alves (WWW.jogojusto.com.br) luta para convencer o governo em relação às vantagens de uma redução da carga tributária e também incentivar a indústria nacional. Já recebeu o apoio da Microsoft e de um político do RS, o deputado federal Luiz Carlos Bosato. Os aficionados pelos games (entre os quais eu me incluo) aguardam pelo sucesso da empreitada.
Confira o ranking dos consoles preferidos dos jogadores em todo o mundo: 1° Wii, da Nitendo, com 73 milhões de unidades vendidas (78% do mercado); 2º Xbox360, 41,7 milhões e 3º PS3, 36,3 milhões. Entre os portáteis, a Nitendo também lidera, com o DS, 132,5 milhões, seguido do PSP, 59,2 milhões. E pensar (e lamentar) que a marca preferiu o México por causa dos altos impostos do Brasil. Outra curiosidade: Sabe quem gasta mais tempo jogando na internet? Mulheres acima dos 55, que se divertem com jogos de cartas e quebra-cabeças!
