segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A AmBev DOS BANCOS




A fusão do Itaú com o Unibanco criou a maior instituição financeira da América Latina e a 12° ou 16° do mundo, dependendo da cotação diária das ações. Aliás, ações foi a palavra de ordem nessa transação, visto que a fusão foi realizada sem o uso de um centavo sequer. Aquisições e fusões entre bancos, segundo depoimento dos próprios presidentes do Itaú e Unibanco, não são feitas em dinheiro, mas, com trocas de ações pelos seus valores de mercado. Quanto maior a capitalização de mercado de um banco, maior a sua capacidade de comprar outros bancos. Essa foi a lógica da transação: com a fusão, o Itaú-Unibanco passou a ser um banco poderoso, com poder de compra sobre outras instituições financeiras e, em consequência, maior capacidade de internacionalização. Assim, o banco ganhou poder de absorção, ao contrário do Real, por exemplo, que foi absorvido pelo Santander e o paulista Nossa Caixa, que foi comprado pelo Banco do Brasil. Para entender melhor, é como se fosse aquela injeção de energia que adquirimos nos jogos de vídeo game quando estamos prestes a "morrer". Itaú e Unibanco não estavam sem energia (pelo contrário), mas, optaram por prevenir do que remediar. E com isso, o ranking dos bancos mudou: Em primeiro, o Itaú-Unibanco, absoluto; em segundo, o Banco do Brasil, com a aquisição do Nossa Caixa, mas, já prometendo partir para cima do líder, provavelmente, com novas aquisições; em terceiro, o Bradesco (mas, até quando conseguirá se mantendo sozinho?); em quarto, a Caixa Econômica Federal, mas, já ameaçada pelo Real-Santander que vem em quinto.