segunda-feira, 12 de maio de 2008

CÂNCER DE PRÓSTATA

A Sociedade Brasileira de Urologia está preocupada com a saúde do homem brasileiro produtivo (26 a 59 anos). Problemas como o câncer de próstata, câncer de pênis e disfunção erétil são cada vaz mais comuns e, principalmente o câncer de próstata, é o segundo maior responsável pela mortalidade por câncer masculina no país. Visando mudar esse quadro, o Ministério da Saúde criará, em agosto, a Política Nacional da Saúde do Homem. Espera-se que sejam adotadas medidas e soluções para diminuir o número de mortes anuais. Segundo a SBU, o homem brasileiro ainda é preconceituoso em relação aos exames (principalmente o toque retal) que possibilitaria a prevenção e a cura da doença. No entanto, o preconceito não é o único problema. A falta de um plano de saúde e, em consequência, o difícil acesso ao urologista é mais comum do que se imagina nas camadas mais pobres da população masculina. Em certas cidades do interior é necessária uma verdadeira maratona e perda de tempo para se narcar uma consulta com um urologista. Primeiro, a "vítima" marca uma consulta para um clínico geral (não é possível marcar uma consulta diretamente para o urologista). Isso pode levar dias, semanas e até meses. Depois, o clínico encaminha para o urologista (mais dias, semanas e até meses). Por fim, o urologista, depois de dias, semanas e - na maioria das vêzes - até meses! Resumindo, se a "vítima" estiver sentindo dores de bexiga, rins... Até passa por tudo isso. Mas, se o homem não estiver sentindo nada, se estiver apenas interessado em um exame preventivo, ele desiste e isso acontece em muitas cidades do interior, com muitos homens que não têm acesso a um plano de saúde. Se a SBU e o Ministério da Saúde estiverem realmente preocupados com o problema grave de câncer de próstata no Brasil, tem de olhar também para esse lado. É muito fácil culpar apenas o preconceito do homem brasileiro em relação ao aumento da doença no país. Talvez criar uma lei que obrigue as empresas e sindicatos a fornecerem planos de saúde para os funcionários e seus familiares. Empresas têm condições para isso, sindicatos, então, nem se fala. Ou então, na mais simples das hipóteses, facilitar o acesso ao médico urologista.