quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O DINHEIRO E A FELICIDADE


“Se dinheiro não traz felicidade, então por que todo mundo vive correndo atrás dele?” Já ouviu esta pergunta? Acha que tem lógica? Depende de sua ideologia. O embate entre os que defendem uma vida simples e os chamados “materialistas” já dura séculos, mas, leva a uma só direção: afinal, dinheiro traz ou não felicidade? Pois não é que a ciência decidiu pesquisar o assunto? A revista Proceedings of the National Academy of Sciences divulgou, nesta semana, o resultado de uma pesquisa que vem sendo realizada há anos, onde foi comprovado, de fato, que o dinheiro não só traz felicidade, como é fundamental para alguém ser feliz. Segundo o resultado da pesquisa, o bem estar emocional de uma pessoa é proporcional à sua renda. Os cálculos foram feitos na base do dólar e do euro, R$ 130.000,00 anuais (cerca de R$ 10.800,00 por mês). Se os cálculos fossem baseados no Real, talvez a metade disso já seriam suficientes para tornar um brasileiro feliz. Abaixo desse patamar de salário, os problemas são tão imediatos que é difícil ser feliz, explica o economista Angus Deaton, do Centro para a Saúde e Bem Estar da Universidade de Princenton, EUA. As perguntas da pesquisa se referiam sobre o que tornam as pessoas felizes no seu dia a dia e as respostas sempre foram as mesmas: comida na mesa, facilidade para buscar tratamento médico de qualidade, capacidade de custear o estudo dos filhos, ter casa própria, um carro... tudo proporcional ao tamanho de sua renda. O dinheiro faz a pessoa sentir-se mais bem sucedida, mais tranqüila, com acesso a recursos que tornam a vida melhor e mais segura. Resumindo: com dinheiro, não há stress e sem stress se vive mais e melhor!

Uma curiosidade que serve de prova de que a pesquisa é verdadeira: um faxineiro de um prédio de classe alta no RJ descreve as pessoas que faleceram nos 5 anos em que trabalha no local: a mãe do zelador, o pai do vigia, a esposa do motorista e a esposa do zelador do prédio vizinho. Todas dependiam da saúde pública. Nenhum rico, que possui planos de saúde, acesso a hospitais e médicos particulares e facilidade de adquirir remédios, morreu nesse período, apesar de serem bem mais idosos!