sábado, 12 de dezembro de 2009

AS MERDAS DO POVO


O presidente Lula disse, nesta semana, no Maranhão, que “o povo está na merda” e que vai “tirar o povo da merda”. Depois, lá no fundo do seu subconsciente, como que reconhecendo que passou dos limites no uso de vocabulário indevido a um chefe de estado, afirmou que seria criticado, no dia seguinte, pela imprensa, mas, que isso não importava, pois a imprensa fala mais palavrões do que ele. Não me lembro de ter lido nos jornais ou ouvido nos noticiários de TV ou rádio jornalistas usarem a palavra “merda”. Mas, bobagens à parte (80% do que Lula diz em seus discursos são bobagens), reconheçamos que o presidente acertou ao afirmar que o povo brasileiro vive na merda, mas, não do modo como ele imagina. Para ele, tirar o povo da merda significa apenas construir casas populares. Não é assim, senhor presidente, falta de moradia não é a principal merda do povo. Os governantes brasileiros deveriam assistir mais aos noticiários da TV, ao invés de ficarem ociosos em suas Câmaras, plenários ou gabinetes. Assim, veriam a merda que povo passa, por exemplo, quando busca atendimento médico nos hospitais públicos; quando é atingido por balas perdidas na guerra de uma polícia mal paga, mal armada e mal preparada no combate ao tráfico; quando sofre latrocínio porque a merda da justiça brasileira coloca nas ruas os ladrões que a polícia prende ou liberta assassinos quando estes têm dinheiro para custear o preço de sua liberdade; quando tem que aturar (ou protestar) apanhando da polícia, pelo governo fazer vista grossa às denúncias de corrupção dos políticos... Ufa! É muita merda para um povo só. Mas, afinal, devemos reconhecer que Lula tinha razão ao afirmar que a imprensa também fala palavrões: O Pânico na TV, o CQC... Mas, eles são humoristas, senhor presidente, não é o seu caso. Ou será que não foi mera coincidência seu discurso ter sido proferido no Dia do Palhaço?

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A MÚSICA DE "CREPÚSCULO"


É impressionante como filmes de vampiros atraem a atenção e o interesse das pessoas. Desde a época em que o melhor de todos os atores do gênero, Christopher Lee, protagonizou o mais famoso dos bebedores de sangue, o conde Drácula, o tema costuma ser sucesso absoluto. Cinema, livros, histórias em quadrinhos... vampiros se diversificaram e, dos mais aterradores, passaram até mesmo aos mais hilariantes e cômicos. Atualmente, o tema é abordado pelo impressionante “CREPÚSCULO”, sucesso estonteante entre os admiradores. O enredo é sério e aponta para o lado romântico das criaturas do inferno. Uma mudança nas características desses personagens diabólicos e fascinantes: alguns são bons! São belos, possuem superpoderes... Quem não gostaria de ser como eles? Se bem que... Arg!... Beber sangue de animais!... É, porque os vampiros bonzinhos não bebem sangue humano. E gostam de música clássica, para desespero dos darks e góticos (fãs de carteirinha dos vampiros e de todas as criaturas da noite e dos cemitérios) apreciadores do rock pesadíssimo de Ozzy e Cia. O vampiro principal de Crepúsculo, Edward Cullen, adora ouvir CLAUDE DEBUSSY, especificamente a composição CLAIR DE LUNE (Luz do Luar). O compositor era atraído pela noite: ele escreveu duas canções sobre a meia noite, duas cenas noturnas e ainda três noturnos para orquestra. Clair de Lune faz parte das suítes dançantes de Bergamasque, mas, é suave e tranqüila. No que pensava Debussy quando se inspirou para compor esta linda canção? Nas planícies francesas sob a luz da lua? Na entrada de uma floresta? Na beira de um penhasco? Nas ondas do mar? Ou será que ele sonhava com uma linda...Vampira?