segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A INCOMPETÊNCIA DA POLÍCIA PAULISTA: POR QUE NÃO USOU O ATIRADOR DE ELITE?


Segundo o Cel. Eduardo Félix de Oliveira, comandante do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) e responsável pela operação no caso do sequestro e cárcere privado em Santo André, SP, a polícia teve várias oportunidades de fazer uso de atiradores de elite, o que, certamente, acabaria com o tormento das meninas mantidas como reféns. Só não deu a ordem para o tiro porque, de acordo com seu próprio depoimento, o tal Lindemberg "era um bom rapaz, não tinha antecedentes criminais e estava sendo motivado pelo amor." Que absurdo! Desde quando um bandido precisa de um documento para comprovar sua má índole? Ninguém nasce criminoso, mas, passa a sê-lo à partir do momento em que comete um crime. Quando o desequilibrado invadiu o apartamento em Santo André e fez a ex-namorada, Eloá, de apenas 15 anos e sua principal amiga, Nayara, também 15 anos, como reféns, deixou de ser um bom rapaz e passou a ser um criminoso. Á partir daí, apenas dois finais para o sequestro seriam aceitáveis... A LIBERTAÇÃO DAS REFÉNS ILESAS E A PRISÃO DO SEQUESTRADOR, se as negociações progredissem de forma positiva. Mas, desde o início, Lindemberg mostrou-se calculista. Devido às facilidades que ainda usufruia no interior do apartamento (por permissão da polícia) como o uso de água, luz (assistia TV e acompanhava as notícias sobre tudo o que ocorria do lado de fora), telefone, não foi difícil, para ele delinear o perfil do comandante do GATE: um policial sentimental, inseguro, fraco em decisões, que mais parecia interessado na segurança do bandido do que das reféns. Inebriado pela fama e destaque que a polícia permitia que experimentasse, o criminoso adiava ao máximo o desfecho que, desde o início, havia planejado para o sequestro: assassinar as meninas! No ínterim, brincava com a polícia: libertou Nayara, para depois exigir novamente sua presença no interior do apartamento, no que foi absurdamente atendido pelo GATE! Nesse ponto, apenas um final para 0 sequestro salvaria a vida das meninas: A EXECUÇÃO DO BANDIDO! A polícia tem que ter competência para discernir o perfil de um criminoso que esteja, de fato, negociando ou apenas procrastinando, como fazia o sequestrador. E não pode ter medo de sofrer críticas por executar um bandido, como fez o camandante do GATE. O resultado da inoperância e incompetência da polícia paulista nos conhecemos: a morte da jovem Eloá e um tiro na boca de Nayara que, certamente, necessitárá de acompanhamento psicológico durante algum tempo. Segundo o Cel. Eduardo Félix de Oliveira, o responsável pela tragédia foi o criminoso, por ter disparado sua arma. Em parte, tem razão. Mas, a polícia paulista deveria ter cortado o mal pela raiz e tem sua parcela de responsabilidade pela morte de Eloá por não ter disparado a sua arma, através de um atirador de elite, quando teve várias oportunidades de fazê-lo. Afinal, atiradores de elite existem para isso: por fim às atividades de um criminoso, antes que ele ponha fim à vida de um refém!